Todos nós temos necessidades básicas que precisamos de ver satisfeitas.
Quando nos encontramos sozinhos á muito tempo começamos a sentir a necessidade de mimo, carinho e atenção. Não só de receber, mas também de o dar. Eu sinto muito essa necessidade. Mas muitas vezes entre em conflito comigo própria. Por vários motivos.
Primeiro, hoje em dia (ou será que sempre foi assim?) não é fácil dar mimo a uma pessoa sem que haja má interpretação. Acaba por surgir, mais tarde ou mais cedo, a dúvida da intenção das pessoas envolvidas.
Depois temos o problema do hábito. As pessoas acabam por se habituar a receber aquele mimo e aquela atenção e, por muito que não haja um sentimento amoroso, quando nos falta sentimos sempre aquela saudade e aquela vontade de voltar a repetir. Para além que, quando temos alguém que nos dá mimo acabamos sempre por começar a “correr para os braços” dela quando algo corre mal. Porque já sabemos que lá vamos estar bem e seguros. O mesmo se passa quando nos sentimos bem, porque queremos mostrar que estamos bem, e mimar alguém é uma óptima maneira de o fazer.
De qualquer maneira, e para me dificultar isto tudo, as pessoas que me conhecem sabem que eu não tenho muito jeito para a coisa. Não sou, por natureza, uma pessoal calorosa. Poucas pessoas passam a protecção que tenho e descobrem a pessoa mimalha e carente que existe dentro de mim. E ainda menos pessoas já me viram ser assim. Algumas sabem que existe, mas na realidade ainda não viram nada que o provasse.
Conclusão, neste momento estou a tentar ainda perceber como lidar com o assunto. Não está a ser fácil conjugar estas necessidades com a vontade que tenho de esconder do mundo as necessidades que tenho. Talvez com o tempo as coisas encontrem uma forma natural de encaixarem...
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