27 August 2008

Saiba-se...

Estou farta de conduzir para os consumos!!

Apetece-me enfiar num carro e acelerar a fundo sem me preocupar com o caudal de combustível... alguém quer ir andar a kart?

25 August 2008

Acabo de descobrir que estou...

perdida
do Lat. perditu

adj.,
disperso;
sumido;
extraviado;
naufragado;
fig.,
apaixonado em extremo;
devasso;
louco;
corrupto;
gasto em vão;
esquecido;
condenado (por uma doença);
s. m.,
coisa que se perdeu;
pessoa corrompida, desgraçada.

20 August 2008

Boas férias para quem vai! Bom trabalho para quem fica...

Para quem fica e não tem trabalho fica o chamado boa-merda-em-que-te-meteste-ritinha! Cava um buraco e enfia-te nele...

19 August 2008

Faltam 10 dias para me arrancares aquela lingerie que comprei à 21 dias a pensar em ti... foda-se, a minha vida sexual é patética!

Não sei se vocês queriam saber disso para alguma coisa...

18 August 2008

Apetece-me fazer birra como uma criança de 2 anos. Esbracejar com força de olhos fechados e tentar acertar nas pessoas à minha volta, depois dar pontapés a objectos que estejam próximos o suficiente para voar 5 metros e cair num grande estrondo. Depois cair de joelhos no chão e bater com a cabeça numa esquina de uma mesa ou mesmo desatar às cabeçadas ao chão para assustar os vizinhos de baixo. Berrar, esbracejar e espernear até adormecer no meio do chão exausta e com soluços por estar a chorar à demasiado tempo.

... é esta a falta que me fazes.

13 August 2008

Sonhos do passado

Há alturas em que fico com o sono mais agitado. Deixo de conseguir dormir descansada e muitas vezes não chego a perceber o que o causa. E depois sonho, coisas estranhas e esquisitas. E muitas vezes, nestas alturas, sonho com um grupo de amigas que tinha "quando era nova". Não me lembro ao certo quando nos começamos a dar de forma especial mas lembro-me que, mesmo sendo naquelas alturas da nossa vida em que as pessoas andam aos grupinhos, o nosso parecia diferente, mais sólido. Eramos 4. Eu, a Patricia, a Vera e a Ana. Faziamos tudo juntas, como manda a lei. Dormiamos em casa umas das outras, trabalhos, estudos, cinemas e gelados. Trocavamos cartas, papeis e sonhos. Quando uma se apaixonava, apaixonavam-se todas. E vinham mais segredinhos e sorrisinhos. Bons tempos.
Lembro-me vagamente de como as coisas mudaram. Talvez porque nunca fui de guardar mágoas e tristezas toda essa época é uma névoa na minha cabeça. Mas hoje acordei a pensar nisso, por causa dos sonhos. Quando somos "novos" não paramos para pensar no que nos rodeia. Quando somos "novos" não somos capazes de introspecção. Ou, eu não era. Hoje apercebo-me da falta de comunicação daqueles dias. Não sabiamos falar sobre as coisas que nos magoavam.
Tudo começou quando chegou o 12º ano. O entrar na faculdade, as notas. Toda a gente sabia o que queria e sabia o que era preciso fazer. Menos eu. Eu continuei com tudo como tinha continuado até ali. A Patricia e a Ana sairam para um daqueles colégios que eram mestres em por os alunos a ter boas notas. Não me lembro do nome. A Ana queria ser médica e a Vera falava em ir para Londres. Hoje apercebo-me do que me quebrou. Toda a gente ia, e eu ia ficar. Era a primeira vez que era deliberadamente deixada. Não soube lidar com isso. As coisas quebraram. A Vera deixou de me falar, a Patricia e a Ana deixaram de aparecer. E houve um dia em que não as voltei a ver.
Hoje, quando já passaram 7 anos desse dia, continuo sem as ver. Cruzei-me uma ou duas vezes com a Ana mas fizemos aquilo que é socialmente incorrecto, e mais fácil, cada uma fez de conta que não viu a outra e as nossas vidas seguiram, imutáveis. Há dias em que esta situação me entristece mais do que outros. Mas falta a força para quebrar 7 anos de silêncio. Há páginas da nossa vida que depois de anos pousadas, custam a levantar por causa da quantidade de pó que têm. A realidade é que eu sou o que sou mas não sei o que cada uma delas é. Não sei se estão juntas, não sei se estão bem. De muito em muito tempo ouço falar da Patricia, quando a minha mãe se cruza com a dela. É talvez a pessoas que me custa mais ter perdido. Vou ter pena de não poder ter 30 e alguns anos e dizer ao meu filho, no primeiro dia de escola:
- Foi com a tua idade que conheci a Patricia, aquela amiga da mama! Tinhamos uma ritual, moravamos perto e todas as sextas à tarde ou eu ia para casa dela ou ela para a minha e brincavamos a tarde toda! A mama queria sempre ficar com o cavalo da Barbie e a Patricia ficava triste com a forma egoista como eu brincava. Foi com ela que aprendi a partilhar.
A Vera era a mais meiguinha do grupo. Acho que era por isso que toda a gente tinha uma ligação especial com ela. Ela mimava-nos quando estavamos em baixo. Dava-nos beijinhos e segurava na nossa mão. Sonhava conosco os sonhos mais altos. E caía conosco quando esses sonhos morriam.
A Ana era a boneca do grupo. Acho que por causa da combinação rara de beleza e inteligencia tornava-se intimidadora. Sempre segura do que queria e do seu lugar no mundo. Firme. Era responsável por nos trazer à realidade.

Se eu soubesse que o destino foi meigo com elas talvez tivesse a coragem que era preciso para arriscar ser recebida com três pedras na mão. Será que ainda alguma delas se lembra do que se passou...?

12 August 2008

Quanto tempo duram as coisas que deviam durar para sempre?

Há quem fale em 6 meses. Os mais optimistas chegam aos 3 anos...
Não me lembro do dia em que me apaixonei por ti. Muito menos do momento. Mas sei que não me imagino sem estar assim...

10 August 2008

08 August 2008

Há coisas que não têm limites e a estupidez é uma delas

O XX e a YY trabalhavam juntos numa empresa. Quando acabou o estágio profissional do XX ele decidiu não permanecer na empresa e dedicar a sua vida a acabar o doutoramento antes de prosseguir no mundo do trabalho. Ao sair, numa despedida muito pouco dolorosa, a YY virou-se carinhosamente para o XX e proferiu as seguintes palavras sábias:
- Sabes que agora que vais deixar de trabalhar vais deixar de ter dinheiro, vais ter de vender o carro e a tua namorada vai-te deixar!

Eu confesso que o XX ainda não me contou pessoalmente a cena mas eu não consigo concluir, por mais voltas que dê à cabeça, o que é que se responde a semelhante ser!

Nota de contextualização: este ser, de 20 e muitos anos, mãe de filhos, aprendeu à coisa de uns meses que era preciso um galo para que dos ovos das galinhas saissem pintos... o que é que ela pensava antes de isso? Não sei! Talvez que era preciso andar a monitorizar o cu das galinhas (será que ela sabe que elas não têm pito?) para se agarrar o ovo mal ele sai e enfia-lo no frigorifico o mais rápido possivel, não fosse ele nascer!

07 August 2008

Alguém sabe como é que se chama aquela zona que os homens têm no corpo, um bocadinho abaixo do ombro mas que não é bem no peito, que foi desenhada para as namoradas pousarem a cabeça quando são abraçadas?

Queria estar aí....

(Dizem que) As mulheres não têm fios

"Há uns tempos a Joana
- Pai, acabei um namoro à homem
Perguntei como era acabar um namoro à homem e vai a miúda
- Disse-lhe o problema não está em ti, está em mim
o que me fez pensar como as mulheres são corajosas e os homens cobardes. Em primeiro lugar só terminam uma relação quando têm outra. Em segundo lugar são incapazes de
- Já não gosto de ti
- Não quero mais
chegam com os discursos vagos, circulares
- Preciso de tempo para pensar
- Não é que não te amo, amo-te, mas tenho de ficar sozinho umas semanas
ou declarações do género de
- Tu mereces melhor do que eu
- Estive a reflectir e acho que não te faço feliz
- Necessito de um mês de solidão para sentir a tua falta
e aos amigos
- Dá-me os parabéns que lá me consegui separar da chata
- Custou mas foi
- Amandei-lhe aquelas lérias do costume e a gaja engoliu
- Chora um dia ou dois e depois passa-lhe
e pergunto-me se os homens gostam verdadeiramente das mulheres. Em geral querem uma empregada que lhes resolva o quotidiano e com quem durmam, uma companhia porque têm pavor da solidão, alguém que os ampare nas diarreias, nos colarinhos das camisas, nas gripes, tome conta dos filhos e não os aborreça. Não se apaixonam: entusiasmam-se e nem chegam a conhecer com quem estão. Ignoram o que ela sonha, instalam-se no sofá do dia a dia, incapazes de introduzir o inesperado na rotina, só são ternos quando querem fazer amor e acabado o amor arranjam um pretexto para se levantar (chichi, sede, fome, a janela de que se esqueceram de baixar o estore)
ou fingem que dormem porque não há paciência para abraços e festinhas, pá, e a respiração dela faz-me comichão nas costas, a mania de ficarem agarrados à gente, no rónhónhó, a mania das ternuras, dos beijos, quem é que atura aquilo? Lembro-me de um sujeito que explicava
- O maior prazer que me dá ter relações com a minha mulher é pensar que durante uma semana estou safo
e depois pegam-nos na mão no cinema, encostam-se, colam-se, contam histórias sem interesse nenhum que nunca mais terminam, querem variar de restaurante, querem namoro, diminutivos, palermices e nós ali a aturá-las. O Dinis Machado contava-me de um conhecedor que lhe aclarava as ideias
- As mulheres têm fios desligados
e um outro elucidou-me que eram como os telefones: avariam-se sem que se entenda a razão, emudecem, não funcionam e o remédio é bater com o aparelho na mesa para que comecem a trabalhar outra vez. Meu Deus, que pena me dão as mulheres. Se informam
- Já não gosto de tis
e informam
- Não quero mai
saí estão eles a alterarem a agressividade com a súplica, ora violentos ora infantis, a fazerem esperas, a chorarem nos SMS a levantarem a mãozinha e, no instante seguinte, a ameaçarem matar-se, a perseguirem, a insistirem, a fazerem figuras tristes, a escreverem cartas lamentosas e ameaçadoras, a entrarem pelo emprego dentro, a pegarem no braço, a sacudirem, a mandarem flores eles que nunca mandavam flores, a colocarem-se de plantão à porta dado que aquela puta há-de ter outro e vai pagá-las, dispostos a partes-gagas, cenas ridículas, gritos. A miséria da maior parte dos casais, elas a sonharem com o Zorro, Che Guevara ou eu, e eles a sonharem com o decote da vizinha de baixo, de maneira que ao irem para a cama são quatro: os dois que lá se deitam e os outros dois com quem sonham. Sinceramente as minhas filhas preocupam-me: receio que lhes caia na sorte um caramelo que passe à frente delas nas portas, nãos lhes abra o carro, desapareça logo a seguir por chichi-sede-fome-persiana-mal-descida-e-os-ladrões-percebes, não se levante quando entram, comece a comer primeiro e um belo dia
(para citar noventa por cento dos escritores portugueses)
- O problema não está em ti, está em mim a mexerem na faca à mesa ou a atormentarem a argola do guardanapo, cobardes como sempre. Não tenho nada contra os homens: até gosto de alguns. Dos meus amigos. De Schubert. De Ovídio. De Horácio, de Virgílio. De Velásquez. De Rui Costa. De Einzenberger. Razoável a minha colecção. Não tenho nada contra os homens a não ser no que se refere às mulheres. E não me excluo: fui cobarde, idiota, desonesto.
Fui
(espero que não muitas vezes)
rasca. Volta e meia surge-me na cabeça uma frase de Conrad em que ele comenta que tudo o que a vida nos pode dar é um certo conhecimento dela que chega tarde demais. Resta-me esperar que não seja tarde para mim. A partir de certa altura deixa de se jogar às cartas connosco mesmos e de fazer batota com os outros. O problema não está em ti, está em mim, que extraordinária treta. Como os elogios que vêm logo depois: és inteligente, és sensível, és boa, és generosa, oxalá encontres etc., que mulher não ouviu bugigangas destas?
Uma amiga contou-me que o marido iniciou o discurso habitual
- Mereces melhor do que eu
levou como resposta
- Pois mereço. Rua.
Enfim, mais ou menos isto, e estou a ver a cara dele à banda. Nem uma lágrima para amostra. Rua. A mesma lágrima para amostra. Rua. A mesma amiga para uma amiga sua.
- O que faço às cartas de amor que me escreveu?
e a amiga sua
- Manda-lhas. Pode ser que lhe façam falta.
Fazem de certeza: é só copiar mudando o nome. Perguntei à minha amiga
- E depois de ele se ir embora?
- Depois chorei um bocado e passou-me.
Ontem jantámos juntos. Fumámos um cigarro no automóvel dela, fui para casa e comecei a escrever isto. Palavra de honra que na janela uma árvore a sorrir-me. Podem não acreditar mas uma árvore a sorrir-me."
António Lobo Antunes In Visão
Sim, é por estas e por outras do género que eu preferi um Engenheiro Electrotécnico. Quem o conhece sabe, algum dia ele era capaz de bater com uma peça de electrónica fosse onde fosse!
Eu sei que se um dia a minha voz falhar ou eu deixar de ouvir convenientemente o meu amor me vai pousar cuidadosamente na bancada, ao lado das televisões e torradeiras, vai arranjar uma caixinha só para mim e vai colocar lá dentro cada pecinha que me tirar. Vai abrir-me para poder ver bem lá dentro o que se passa, vai procurar os fios traçados, vai medir-me todas as ligações com um multimetro, vai ver condensadores e díodos. Vai reparar o que não estiver bem, vai limpar-me com um paninho embebido numa solução que me mantenha bem e funcional e vai montar tudo de novo. E sei que ele não descansará até que tudo em mim esteja impecável...

06 August 2008

Surpreendo-me com a surpresa que algumas pessoas expressam quando se apercebem que hoje em dia ainda há pessoas completa e perdidamente apaixonadas uma pela outra...
Andei tanto tempo à procura desta musica! Diz tanta VERDADE!!!

Há dias em que não tenho o que fazer. Muitos dias em que não tenho o que fazer. E quando não tenho o que fazer diverte-me ler o que as outras pessoas escrevem sobre a forma como vivem a vida delas. Gosto de blogs pessoais, cheios de alma e de todos os pormenores que ás vezes queremos contar só às pessoas que sabemos que não sabem quem somos ou que vão poder apreciar os pormenores como pormenores que são e não perder meia hora a analisa-los com as mais profundas teorias da psicologia. Há coisas que são só o que são. E há coisas que são mais do que o que são. Nem sempre é fácil distingui-las. Adiante. Encontrei um blog cheio destas deliciosas coisas, de alguém que conhecia alguém que passou aqui e deixou um miminho num comentário. E ler essas coisas deliciosas é bom. Faz-me sempre lembrar e valorizar essas coisas que eu também tenho e também vivo. E depois apetece-me partilha-las sem querer saber quem vai ou não vai ler e quem vai ou não vai analisar aquilo que leu.
Ontem foi um dia bom. Há dias bons e dias menos bons. Também há dias maus. Ontem foi uma daqueles dias, como te disse já a ti, em que sabe tão bem estar contigo que quase dá vontade de não ter estado para agora não custar tanto estar sem ti. De ontem apetece-me recordar, e guardar, os minutos em que me abraçaste no banco da frente do nosso carro. Gosto quando falas assim, das nossas coisas, na nossa vida, no nosso futuro. Apetece-me guardar os beijos todos que me destes. Há dias em que os beijos que me dás são mais doces, tão doces que sinto neles todo o amor que sentes por mim. Apetece-me guardar os silêncios e a forma como manténs os olhos fechado, ás vezes, enquanto chamas por mim, muito baixinho. Há dias em que gostar de ti dói do tamanho que ocupa dentro de mim. Há dias em que quase se toca esse amor que nos une. Ontem foi um desses dias. E depois, há dias, momentos em que me esqueço de apreciar tudo de bom que me dás, assim, de braços abertos. Há momentos em que me esqueço que nada é garantido. Há momentos em que me esqueço que não és mesmo meu, que estás comigo sem correntes. E logo a seguir a esses momentos vêm os momentos em que não me esqueço. Momentos em que me apercebo que não te dei o melhor de mim. Momentos em que não me certifiquei que sabes o que significas para mim. Momentos em que te deixo triste. Momentos em que me apercebo que algo melhor pode surgir para ti se eu não te cuidar como devo. E são os momentos em que quase caio desse abismo que seria ficar sem ti.
Apercebo-me que quando escrevo sobre alguma coisa que me enerva sem demorar o devido tempo a resfriar as ideias em vez de um texto sai um aglomerado de palavras que nem sempre faz o sentido que devia…

05 August 2008

A normalidade voltou só à dois dias e eu já não posso com ela outra vez... a pausa soube a muita coisa errada e a pouco tempo útil. Nos dias que correm hoje em dia as empresas deviam ser mais solidárias.
A sociedade queixa-se da taxa de natalidade, dos divórcios... como é que hoje em dia a malta jovem constrói uma relação sólida? Com fins-de-semana e noites mal dormidas? E a produtividade? Em que é que ficamos? Pedem-nos para ter filhos, pedem-nos para escolher bem os pais deles e para manter esse conjunto unido para o resto da vida. Pedem-nos para criar crianças íntegras, felizes, com consciência social, com vontade e capacidade de contribuir para uma sociedade melhor. Pedem-nos produtividade no trabalho, o sacrifício pelo crescimento da empresa, da economia do país. Pedem mais horas, menos salários, menos benefícios.
Acho que estes pensamentos surgem por ter passado parte da tarde a procurar emprego e responder a anúncios. Outra vez essa parte. A equacionar isto e aquilo. Dinheiro, bom ambiente, tempo. Longe de casa, perto do coração. Casa, carro, férias. Mantém-se o namoro da tenda, do relógio. “Para o ano”. Que raios! Estou farta de esperar por esse ano que nunca mais chega… acho que vem só em 2010.