23 April 2010

Amor em tempos de guerra

Vamos deixar passar o tempo por nós. Ganhar certezas. Ou serão antes expectativas?
Faz aquilo que sentes, vive com impulso. Mas sufoca-o, só um bocadinho. Antes aprende-me. Deseja-me. Lê-me. Vive-me. Vive-me até perder o encanto. Vive-me até cansar. Aí, se a vontade em ti for forte, espera. Espera por um dia mau. Espera por um dia triste. Por um dia difícil.
Decide então se mesmo assim te fascino. Decide se mesmo assim gostas. Se mesmo assim queres. Se ainda desejas. Então, se sim, pede-me. Se sim, cuida-me.

22 April 2010

I have music in my life

As pessoas que me conhecem um bocadinho sabem, a musica para mim é uma forma de viver. Preciso de musica para fazer quase tudo na vida e dependo dela para superar muita coisa.
É uma forma de expressão deliciosa e subtil. Tem a capacidade de nos alterar o humor e de nos dar a sensação de não estarmos sozinhos naquilo que sentimos. Seja pela melodia ou pela letra, gosto quando uma musica mexe comigo e tenho a minha vida coberta de uma banda sonora muito própria.
Cada paixão na minha vida tem uma musica. Cada pessoa. Cada momento. Cada lágrima. Sou transportada com facilidade para outro mundo com os primeiros acordes de uma guitarra ou de um piano.
Mas apercebi-me hoje que tenho musicas para as quais ainda não arranjei momentos. São musicas que me levam para alturas da minha vida em que achava que nada do que vivia era digno de memoria, então adiava as recordações. São musicas que me enchem de vazio. De apatia. Entristece-me ter momentos assim na vida, em que fica tudo em suspendo de um momento melhor que seja digno de memória. Mas a verdade é que parece que cada momento digno de memória acaba. E com o fim de coisas boas fica sempre um bocadinho de mágoa. Queria memórias daquelas que duram para sempre. Com musicas que, cada vez que tocam, sorriem para mim.

21 April 2010

Psicologia gratuita, já!

A nossa cabeça é um bocadinho como a nossa casa. Alguns gostam de a ter arrumada, alguns são obrigados a te-la arrumada e outros, como eu, simplesmente não querem saber! O que acontece a essas pessoas é que com o passar do tempo a situação toma proporções dramáticas e atinge-se um estado em que simplesmente não é possível viver naquela cabeça! Chega-se a uma altura em que já não se encontra nada! O que penso? O que quero? O que tenho? Para onde vou? Desespera-se.
Quando chegamos a uma casa em que se desespera a resolução é simples, arruma-se. Quando se chega a uma cabeça em que se desespera, infelizmente, a solução é a mesma, arruma-se. Mas arrumar a casa é fácil, conseguimos fale-lo facilmente sozinhos. Se não for o caso, é simples na mesma, chamamos uma dessas empresas de limpeza e pagamos a alguém para chegarmos a casa e termos tudo, finalmente, organizado. No caso da nossa cabeça é mais complicado. Se não estiver muito desarrumada a gente atina e arruma e a coisa vai. Quando não conseguimos faze-lo sozinho, só temos duas hipóteses: pagar a alguém para ajudar ou optar pela versão mais em conta, arranjar alguém que nos ajude mas que não seja do ramo. Os nossos amigos, que facilmente nos ajudam a arrumar a casa ou a cabeça, a maioria das vezes dão o seu melhor. Infelizmente, também a maioria das vezes não estamos dispostos a chama-los quando sabemos que aquilo que lá vai dentro é demasiado vergonhoso para sair para publico. Eles são nossos amigos, sim, mas como é que vai ficar a nossa imagem quando eles encontrarem o bife que está no frigorífico à 3 meses? Acabamos por desistir da ideia e aguentar a desarrumação.
O problema é que quando se tem uma cabeça desarrumada à meses, anos, começa a ser um caso de saude pública. O nosso cerebro atinge um estado em que simplesmente não funciona. É como tentar trabalhar com o windows 7 num PC com 500Mb de RAM (pah, não, nem sei se instala! preciosista!), as operações tornam-se lentas, não se consegue fazer nada em tempo útil e na grande maioria das vezes o sistema crasha. Por isso digo-vos, psicologia gratuita, já! Pelo bem da nossa sanidade mental!

18 April 2010

A nossa mente

A mente é aquilo que mais de poderoso possuímos desde o principio da nossa vida. Com ela, apenas com ela, somos capazes de tudo aquilo a que nos propomos ao longo da nossa vida. Só ela e a sua força nos permite ir em frente e transformar em vitórias todos os desafios da nossa vida. E a sua forma de funcionar é fascinante. Altera-se, molda-se, cria-se todo um mundo que na realidade não existe e é apenas uma interpretação nossa daquilo que queremos e não queremos ver daquilo que realmente nos rodeia.
Uma das coisas fascinantes da nossa mente é a sua capacidade de sonhar. Sonha acordado, criar desejos, criar metas. E durante a noite, transforma todas essas coisas e tantas outras mais, numa realidade que se vive tão intensamente como se se tivesse acordado. Mais uma característica fascinante da nossa mente, emocionalmente, ela não consegue distinguir a realidade vivida da realidade sonhada. É por isso que quando sonhamos com os nossos maiores medos acordamos cansados, tristes, derrotados.
Hoje sonhei com uma vida que não tenho. Hoje sonhei com aquilo que procuro para mim nesta fase da minha vida. Hoje sonhei com tantos desejos bons. Aquela sensação tão real. Aquela sensação de estar onde devia. Aquela sensação de ter, finalmente, chegado a casa. Hoje não consigo aceitar que acordei. Pela primeira vez na minha vida, acordar, doeu...

16 April 2010

Pierre Woodman és o meu heroi!

Private Castings 51 - Yasmine Fitzgerald - e mais não digo!

14 April 2010

Era uma vez...

Havia um filme que costumava dar muitas vezes quando eu era miúda que continha uma cena que eu achava curiosa e sobre a qual me cheguei a debruçar várias vezes. A protagonista, uma rapariga nos seus 35 anos, solteira, encontra um diário que tinha escrito quando era ainda menina onde descrevia aquele que se seria um dia, esperava ela, o seu marido ou o chamado homem-da-minha-vida. Se a memoria não me falha (afinal de contas só vi o filme 3 ou 4 vezes) ela descrevia algumas das características que ele teria, que eram sem duvida coisas banais mas peculiares - tinha um olho de cada cor, sabia fazer panquecas nas mais variadas formas e sabia montar um cavalo de costas. Penso que incluía também um pormenor sobre algo que ele deveria trazer ao pescoço, mas já não me lembro ao certo.
Lembro de ver aquilo na altura e tentar fazer o mesmo para o meu homem-da-minha-vida. Mas achava aquilo tudo ridículo, não conseguia perceber como é que este ou aquele pormenor, definido conscientemente por mim poderia ajudar a encontrar o tal homem. Mas a coisa curiosa é que ao fim de tantos anos de existência ou, melhor dizendo, de consciência desse universo que é a procura do amor e do homem-da-nossa-vida eu acabei por me aperceber que há, de facto, intrinsecamente no meu ser, não mais de uma mão de características que quando encontro numa pessoa fazem o meu mundo girar um bocadinho mais devagar. Não é uma questão explicável, pelo que deve ser uma questão hormonal qualquer ou uma pequena falha no meu cérebro mas a verdade é que existe. Não posso dizer que se crie qualquer tipo de atracção ou enamoro quando isso acontece, é como que um pequeno fascínio que me cria um nózinho no estômago... e depois passa e vai.
No meu diário poderia então eu ter escrito, no topo dos meus 10 ou 12 anos:

o homem-da-minha-vida será um homem discreto e despreocupado. A sua maior prioridade será a família de 3 filhos que quer ter, embora só o admita à mãe dos seus filhos. Vai gostar de trazer paz à casa com o som baixo de uma guitarra pela noite. Escreverá com a mão esquerda.