A nossa cabeça é um bocadinho como a nossa casa. Alguns gostam de a ter arrumada, alguns são obrigados a te-la arrumada e outros, como eu, simplesmente não querem saber! O que acontece a essas pessoas é que com o passar do tempo a situação toma proporções dramáticas e atinge-se um estado em que simplesmente não é possível viver naquela cabeça! Chega-se a uma altura em que já não se encontra nada! O que penso? O que quero? O que tenho? Para onde vou? Desespera-se.
Quando chegamos a uma casa em que se desespera a resolução é simples, arruma-se. Quando se chega a uma cabeça em que se desespera, infelizmente, a solução é a mesma, arruma-se. Mas arrumar a casa é fácil, conseguimos fale-lo facilmente sozinhos. Se não for o caso, é simples na mesma, chamamos uma dessas empresas de limpeza e pagamos a alguém para chegarmos a casa e termos tudo, finalmente, organizado. No caso da nossa cabeça é mais complicado. Se não estiver muito desarrumada a gente atina e arruma e a coisa vai. Quando não conseguimos faze-lo sozinho, só temos duas hipóteses: pagar a alguém para ajudar ou optar pela versão mais em conta, arranjar alguém que nos ajude mas que não seja do ramo. Os nossos amigos, que facilmente nos ajudam a arrumar a casa ou a cabeça, a maioria das vezes dão o seu melhor. Infelizmente, também a maioria das vezes não estamos dispostos a chama-los quando sabemos que aquilo que lá vai dentro é demasiado vergonhoso para sair para publico. Eles são nossos amigos, sim, mas como é que vai ficar a nossa imagem quando eles encontrarem o bife que está no frigorífico à 3 meses? Acabamos por desistir da ideia e aguentar a desarrumação.
O problema é que quando se tem uma cabeça desarrumada à meses, anos, começa a ser um caso de saude pública. O nosso cerebro atinge um estado em que simplesmente não funciona. É como tentar trabalhar com o windows 7 num PC com 500Mb de RAM (pah, não, nem sei se instala! preciosista!), as operações tornam-se lentas, não se consegue fazer nada em tempo útil e na grande maioria das vezes o sistema crasha. Por isso digo-vos, psicologia gratuita, já! Pelo bem da nossa sanidade mental!
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