08 August 2009

Há dias em que passo à porta de grandes empresas e me pergunto como foi que fiquei presa do lado de fora. Tento encontrar o cruzamento da minha vida em que virei para o lado errado, qual foi a decisão que fez com que me encontre aqui, hoje. E pergunto-me se esse caminho um dia poderá ser retomado. Ou melhor, se deverá.

A nossa vida é toda um bocadinho assim. Ficamos presos num buraco negro do nosso universo longe daquilo que tínhamos planeado ou que alguém tinha planeado para nós. Não foi nada disto que planeei para ti. Na realidade, não foi nada disto que planeei para nós. Pensei-te um futuro tranquilo e feliz. Pensei-te dias de paz, sossego e risos. Tantos risos!

Não se esse mundo chegará, nem sei se haverá um curva em que viraste para o lado errado. Também não sei se haverá um novo cruzamento que te leve lá. Mas eu esperarei, pacientemente, leve o tempo que levar e faça o tempo que fizer.