30 November 2007

Feeling through music...

Foi com esta intensidade que bateste dentro de mim...

27 November 2007

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Estranho-me. Hoje em dia estranho-me. Deixei de vir aqui com a vontade e a frequência com que vinha. Tinha gosto em partilhar com o meu mundo a minha vida. Era uma forma de me manter em contacto muita gente, mesmo aquelas pessoas que não tenho tempo de conhecer com calma. Desenhava a minha vida em traço grosso, deixando transparecer apenas para aqueles que me conhecem bem tudo o que era importante. Hoje escondo-me mais. Tinha dito que o faria um dia. Precisava de espaço e de ter coisas só minhas. Acho que cresci. Hoje sei que há coisas que só se partilham numa mesa de café no calor de amizades firmes.
Apercebi-me que não quero partilhar-te. Não aqui. Quero as coisas de forma diferente. Quero tempo e calma. Quero sentir segurança no que faço e no que sinto. Não quero arrependimento. Quero manter-me transparente e fiel. Não quero esconder nada de mim. Não quero escorregar. Quero aprender a viver com os medos que tenho. Eventualmente quero supera-los.
Quero tempo para mim, só para mim. E quero tempo para ti, só para ti. Não quero castelos. Quero pedras. Construiremos o que quisermos construir do nada.

22 November 2007

Santiago

Já não me lembro da ultima vez que cá passei para despejar os meus pensamentos. O tempo escasseia e a vontade de falar também.
No fim de semana passado fui-me. Fiz as malas, levei comigo os problemas, as tristezas, o cansaço e uma faringite e parti no sábado de manha.
A viagem soube-se a liberdade, a descanso e a descompressão. Comecei a desfazer as malas. Em viana deixei ficar as tristezas e segui, antes, com uma caixa de kinder chocolate em barritas. Dormitei ao sol que batia suave na janela da camioneta e abri os olhos apenas para apreciar a beleza daquelas terras. Os campos, as rochas, as ovelhas, as cabras e a girafa, que tão distraidamente comia o topo de uma oliveira. Como uma girafa? Não sei, mas estava lá.
O tempo passou mais rápido do que o que tinha suposto, para trás deixava tudo o que de mau tenho por estas terras hoje em dia. E tudo de bom. Mas voltaria rápido. A musica ajuda sempre a esquecer. Cheguei com a boa disposição de quem chega de uma viagem de 10 minutos. Sentia-me bem e tranquila. Saímos da estação em direcção ao centro. Tudo começou a parecer o nosso Porto, mas melhor. As nossas pedras no chão e nas casas, mas com o gosto de ter tudo arrumado. As pessoas na rua, mas tranquilas e sem pressas. Respirava-se, finalmente, paz.
A cidade apaixona e dá vontade de ficar. É bonita, é calma e vive uma vida mais próxima das pessoas. Aqui o mundo esqueceu-se de nós e nós esquemo-nos und dos outros. Lá, ainda se sabe que é bom não estar sozinho.
Dá vontade entrar e sair dos barzinhos, dá vontade os passeios no parque e o chocolate quente. Dá vontade de tapas e cerveja (que os antibióticos não permitiram). Lá dá gosto viver os amigos. Com risos e musica ambiente. Com calor e média luz. Com jantares em jardins com um frio de não se sentirem as mãos. Éramos só nós, morríamos de frio, mas mesmo assim estava tudo perfeito! Estamos bem, mesmo sozinhas no meio do jardim em que até o empregado temia por os pés pelo frio que fazia!
Foram dois dias de excessos, de gostos e de mimos. Foram dois dias pequenos. Teremos de voltar por mais tempo e com mais dos nossos!
Para já trouxe comigo a paz, a tranquilidade e a lentidão com que se vive a vida lá. Deixei tudo o que trazia na mala e enchia-a com montes de docinhos que não se vendem nem naquela loja de chocolate...obrigada!

16 November 2007

Retiro

As malas estão feitas e o corpo está a reagir bem ao descanso forçado e aos medicamentos! O ipod está a carregar cheiinho de musicas para me fazerem companhia na viagem, a mala está quase fechada e o espírito começa a refazer-se. Vai fazer-nos bem.

14 November 2007

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Gosto de dias que acordam assim. Carregados de paz. O sol parece que brilha preguiçoso e teima em demorar a levantar-se. O frio gela os pensamentos e acalma-os um pouco.
Mas hoje a paz não paira em mim. Estou apática. Levantei-me, abri a janela e vi como acordava o dia para o qual tinhas decidido não acordar. Teria estado uma noite bonita ontem, limpa. Mas gelada. Talvez como tu. Acordei sem forças para saber. Decidi iniciar o dia como apenas mais um dia de um Inverno em que mais uma vez não chove e até toda a água em mim secou.
Os dias andam longos e não permitem pausas. O trabalho não motiva como devia. Ou tanto quanto eu precisava, para te tirar de mim por umas horas e esquecer. Esquecer a vida que levo durante a noite, esquecer o choro, a dor, o sufoco, a impotência e a angustia. Esquecer que nada posso fazer, que é tarde, que falta tempo e força. Esquecer que o que está traçado te recusas a alterar.
Hoje sinto um ligeiro mal-estar causado pela conversa de ontem. Os dias cansam-me muito ultimamente e sinto mais dificuldade em estar focada no que me dizes. E ontem não me apetecia, não conseguia, ouvir o que tinhas para me dizer. Ontem não era um bom dia para partires. Então ignorei-te e falei-te de mim. Também não quero que vás sem me conhecer, eu sou boa menina. Falei-te do meu dia e dos meus sonhos. Falei daquilo que quero e que acho que mereço. E de alguma forma sinto que falei tanto de ti. Foi o silêncio com que me respondeste. Não é tão fácil como pensaste abdicar de sonhos antigos pois não?
Toda a gente sonha e eu não sei se tu sabes disso. Fizeste-te perder a capacidade de sonhar, forçaste-te. Cansaste-te da desilusão e da maldade dos Homens, eu sei. Queres dar descanso ás feridas que trazes contigo há tantos anos. Aquelas que se criam, umas em cima das outras. Aquelas que te fazem quando baixas a guarda. Tens medo, estás cansado, exausto. O sono pesa-te e a cama permite apenas que descanses o corpo. Sei o que sentes. Ou será que… sentias?
Não sei de ti e temo procurar-te porque posso não te encontrar. Amanhã talvez tenha essa força.

09 November 2007

Actualização

Fica aqui o video da noticia de que falei à uns dias. (minuto 5:50)

08 November 2007

Batalhas...

A História repete-se, dizem. Por isso estuda-se e evita-se os erros do passado. O ser humano é dotado, na maioria dos casos, de inteligência, de introspecção e de capacidade de mudança. Pode a qualquer altura parar, observar-se, analisar-se e emendar erros e falhas. Como ser humano gosto de pensar que também eu tenho a capacidade. Alias, sei que a tenho, já antes a usei. Mas parecem haver erros, falhas, que não tenho a capacidade de mudar. Poderá ser, pondero, por não acreditar plenamente na necessidade da sua mudança.
Tenho por norma como força directriz a mágoa que os erros me causam. A tristeza, o desassossego e a angustia. Adapto-me, moldo-me ou reestruturo-me para que os erros não se repitam ou não me afectem da mesma forma se não forem evitáveis.
Hoje analiso-me, ou analiso-te a ti como um erro recorrente. A dificuldade aqui encontra-se em conseguir encontrar o equilíbrio entre o que tu precisas, o que eu preciso de te dar e a mágoa que me causas quando me negas essas necessidades.
Acontece, que por vezes, as alterações e reestruturações que me faço levam a outros erros ou mágoas. Desde cedo (ou não, não sei dizer ao certo) aprendi a desistir das coisas mesmo quando as querias. Não sabia lutar contra mágoas que pudesse ter num percurso para atingir um final superior que desejava. Então desistia, abdicava das coisas que me testavam e me faziam crescer. Hoje em dia essa é uma batalha que aprendo a lutar, que me forçaram a travar, para que no final eu atinja o objectivo de ser mais forte e melhor do que o que sou hoje e desista de desistir das coisas.
Tu, meu erro recorrente, és fruto dessa batalha ou forma de batalha. Porque me recusei, faz já algum tempo, a desistir de ti. Então batalho-te, pressiono-te, ataco-te. E espero o dia em que te apercebas que a batalha não é contra ti, é contigo. Há uma forma, há uma solução e eu quero encontra-la contigo.
Antes de mais pára e apercebe-te de onde estás. Reconhece-te e reconhece aqueles que estão contigo. Reconhece que não estás só, dá-lhes a mão e com eles, mesmo no escuro, procura a saída que faz tanto tempo procuras. Tranquilamente. No final, falaremos os dois de quanto e como crescemos e reconheceremos, talvez, que ficamos a ganhar por não termos desistido.

06 November 2007

05 November 2007

Hoje é apenas mais uma...

as noites andam longas e difíceis

04 November 2007

E era mesmo isso que eu queria...

"tás-te a enterrar tanto que daqui a pouco entras pelo meu peito a dentro"