24 November 2008

Esta é para os meus dois amigos futuros doutores, que devem ser os únicos que lêem o blog e que ainda não ouviram esta (que me contaram na semana passada aqui no trabalho e que quase me atirou ao chão de tanto rir!):
Ali para os lados de Gulpilhares parece que o pessoal tem a mania de trocar os Ls por LHs dizendo coisas como “vou alhi comprar um lhitro de lheite e já venho”. Sucede que esse tal dito gajo que me contou a história tinha uma amiga da mulher, que era de lá, e estava grávida de duas meninas. Parece que a coisa correu um bocado mal durante o parto e ele foram lá vê-la.
- Então, como é que estás?
- Ai, correu tão mal, elas são tão pequeninas! Uma tem um quilho e meio e a outra tem dois quilhos
Contra todas as regras de boa educação e ética, ele não se aguentou, e desatou a rir ali mesmo, em frente à pobre mulher... eu acho que faria o mesmo!

Eu sempre acreditei que o amor também era feito destas coisas

No sábado, depois de chegar o frio e instalado o botão para desligar o ESP do Maurício (que mais tarde levou ao teste em rotunda que me fez dizer coisas como “oh amor, olha que eu estou a sobreaquecer! Se o meu cérebro desligar a culpa é tua!”) decidimo-nos, qual Narnia, a entrar por uma porta que nos levou a um mundo paralelo. Nesse mundo eu e ele éramos vizinhos, e como em qualquer mundo paralelo onde se pode distorcer tempo e espaço, tínhamos também a mesma idade. Penso que não passaria dos 11 anos. Ao mundo onde fomos ter podia-se jogar Dr. Mario como sempre se quis, como namorados. Podíamos matar os vírus, sempre em competição, e insultar desalmadamente o nosso adversário sem que isso implicasse que ele atirasse com o comando e fosse a correr para casa com as lágrimas nos olhos. E, como quando se teve 11 anos, pode-se rir. Rir até doer a barriga.

Sim, perdi, mas bem vistas as coisas, ele leva 15 anos de treino de avanço.

14 November 2008

Há muita coisa que a nossa condição de humanos não nos permite perceber. Eu não consigo perceber as traições. Ou melhor, não compreendo como é que se pode trair alguém de quem se gosta, minimamente. Quando os putos se andam a comer todos uns aos outros sem nutrir o menor sentimento uns pelos outros, acho muito bem! Exploram melhor os corpos uns dos outros, o seu próprio, os gostos, as taras, e gabam-se aos amigos das centenas de quecas que deram. O risco, em si, é nulo. O máximo que pode acontecer é levar um murro nos dentes, coisa que nunca acontece porque as meninas se fazem sempre de fragilizadas e puras inocentes enganadas.
Quando as pessoas crescem e se envolvem em relacionamentos adultos com sentimentos à séria a traição torna-se, na minha cabeça, uma coisa perfeitamente imperceptível. Ou melhor, não é que eu não consiga perceber, só me custa aceitar. Eu questiono-me, essas pessoas, que encontram alguém que os completa, que os trata bem, com quem se identificam e sentem bem, acham que vale a pena por isso tudo em risco por uma esporradela? Meia dúzia que sejam. Ou acharam essas pessoas que as restantes pessoas também não têm dias maus, em que se fartam, em que ficam tristes, em que ficam em baixo e que também lhe apetecia foder alguém que não fosse a pessoa que, naquele momento, só lhes apetece foder de paulada? Toda a gente, em todas as relações, em algum momento, vai sentir essa vontade, mas o que nos distingue é integridade. Hoje em dia abdica-se dos valores por quaisquer 5 minutos de prazer e isso mete-me nojo. Que é feito das pessoas que batem o pé, que dão valor ao que têm diariamente ao sei lado, nos seus braços? Que apreciam o que por elas se faz e retribuem? Eu questiono-me, quando foi que trocamos a intimidade pela beita?

Epifania [1]

A maior parte das coisas do mundo vem em ondas. Foi esta a ideia que me assaltou à dias. O ar vem em ondas, a água vem em ondas, a luz vem em ondas, o som vem em ondas… o gostar, parece-me, também vem em ondas. Diria até que o gostar funciona como o mar ou um rio. Há uma ondulação natural de gostar mas de quando a quando este pode ser atingido por uma enorme pedra que vem agitar as águas. Dependendo do tamanho da pedra pode até fazer a ondulação sair do seu curso natural, chegando a deitar algum desse sentimento para fora do seu curso natural. Acho que é por isso que algumas relações de amor ódio funcionam, o que acontece é que eles se encontram debaixo de uma queda de água, ondulando entre os picos elevados e os negativos do gostar. Desde que a média da ondulação se encontre elevada, as coisas vão funcionando. Pode ser isto que justifica, também, porque é que algumas relações sobrevivem a traições. Se for muito longa, depressões grandes no gostar pode não afectar significativamente a média dos anos. Se o valor voltar a subir, a coisa safa-se…

13 November 2008

Formação de Técnicas de Sorrismo Básico [3]

A próposito da técnica de suporte básico de vida:

(ainda o mesmo) Formando I - mas se nós tivermos uma vítima de trauma em paragem cardio-ventilatória, que se veja ou saiba que realmente tem a coluna danificada a um nível que o cerebro já não controla a respiração, o que é que fazemos?
Formador-...meus amigos, quando temos de socorrer uma vítima temos de ter calma e pensar. Ninguém vai fazer suporte básico de vida a um gajo que não tenha cabeça só porque ele não respira e não tem pulso...

Formação de Técnicas de Sorrismo Básico [2]

A propósito de já nem sei o que nem interessa:

(o mesmo) Formando I - calma, calma, é preciso distinsar as coisas!!

Ainda tenho de lhe perguntar se distinsar é com s ou com ç...

Formação de Técnicas de Sorrismo Básico [1]

A propósito de queimaduras:

Formando I - o problema das queimaduras é a asfixia porque nós também respiramos pela pele!
Formador - …
Eu (só em pensamento) – nós seremos sapos?!