Faz-me falta as horas passadas em frente ao PC a criar, com pequenos bonequinhos, a vida que um dia queria para mim. Que ia ter. Não era só a inocência de jogar o jogo, era a inocência de acredita-lo. A excitação na espera pelas novas expansões. Os cães, a universidade, o ramânce. O suspense do apaixonar, do trabalho, da gravidez, do futuro dos filhos. Era uma vida. Era a minha vida. Ali, tão simples.
Escolhia-lhes os nomes, as carreiras, as roupas e os cortes de cabelo. Criava o meu universo todo em ponto pequenino. Escolhia os meus filhos, o meu marido e o meu amante. Escolhia-me magra e linda. Cuidava-me com exercicio, saladas e o tão irreal elixir da juventude. Desenhava o mais perfeito dos homens, dava-lhe vida com a mais pura das personalidades e casava-me com ele. Dava-lhe um cão, uma casa ampla e um jacuzi. Era cientista. O meu amante era ladrão. Era excitante. Eu era chefe de cozinha...
Depois cresci. Ou será que me fizeram crescer?
2 comments:
Eu também já tive uma grande pancada de jogar Sim's...
Mas não nessa perspectiva que descreveste...
Mas em relação ao crescer, é realmente "triste" ver que já perdemos essa inocência, só porque somos obrigados a conviver com determinadas pessoas, que pela negativa marcam demais a nossa vida e o nosso caracter...
Benvinda Pantera!
Sim, infelizmente as pessoas desapontam-nos, e isso faz-nos crescer. Crescer é bom, mas faz falta ser pequenina... às vezes!
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