Em dias como o de hoje queria não ter razão. Mas sei que a tenho, a longo prazo pelo menos. Porque em dias como hoje vejo-nos morrer. Uma morte lenta, como algo que dissolve numa chuva miúda, e isso doí um pouco mais. Não sei se dói o morrer ou a certeza que não poderei recordar-te como queria, como merecia e como precisava. Precisava recordar-te como se recordam as flores que nos são oferecidas em alturas que não esperamos. Com aquela beleza do inesperado, do eterno, da intenção.
E o telemóvel toca outra vez. Hoje em dia ele tem tocado as vezes que eu preciso mas não da forma que necessito. Porque sei que não és tu, a mostrar-me que estou errada e que faço parte do teu mundo, que te faço falta. Depois de uma noite calado quase acredito que da próxima vez serás tu, e dessa vez deixo que o coração bata um pouquinho mais forte dentro do peito até ver que não é o teu nome que encontro. Depois esqueço-me. Não de ti, mas daquilo que prometeste e das coisas que te prometi a ti.
Propositadamente quebro-te promessas. Para ser tudo aquilo que não esperas de mim. Porque isso torna as coisas mais fáceis. Então cravo um cigarro. Fito-o na minha mão e acendo-o. Lembro-de de ti, e de ti e de ti e das promessas que te fiz. E que quebro. Sorvo cada bocado daquele cigarro como a droga que é, e que nos mata, um pouquinho mais rápido. E depois enojo-me. Dói-me o estômago, a cabeça e a alma do nojo em que me transformei. Mato-me porque te quero, mato-me porque nos quero matar. E dói-me tirar-te de dentro de mim. Mas não páro. E acendo outro e outro, até que tudo em mim seja nojo e ódio.
Perdoa-me se te roubei a caixa que não tinha o meu nome escrito nela. Achei que poderia, que conseguiria, mas não consegui. Porque essas caixas não se roubam, porque essas caixas não se ficam. Mas eu tentei, porque tinha de tentar. E achei que conseguiria fazer de ti uma pessoa feliz, a pessoa mais feliz. Mas todas as caixas encontram o seu caminho, e hoje, como sempre, me dizem que a minha vem a caminho. Mas não chega, e eu não sei se aguento a espera. Não sei se aguento esperar por ti. Que dizem que sonhas comigo também, e que me imaginas, e me queres e me esperas. E eu espero por ti, e todos os dias desespero, e te perco e te acho em sonhos, sonhos tristes e dolorosos que tenho. E o tempo não passa, e tu não vens e eu deito tudo a perder e não te espero mais. Mas continuo a querer-te com a força que te quis a primeira vez que te sonhei. Mas tu não chegas. E eu desespero por te ver chegar. E desespero por pensar que poderás partir depois de chegares.
Mas voltando a ti, tu que foste aquele que achei que era o tu, mas não era. As promessas, as nossas promessas, foram feitas com aquela certeza de que se pode andar de sandálias pela praia numa noite de verão. Mas hoje, hoje aqui chove.
Propositadamente quebro-te promessas. Para ser tudo aquilo que não esperas de mim. Porque isso torna as coisas mais fáceis. Então cravo um cigarro. Fito-o na minha mão e acendo-o. Lembro-de de ti, e de ti e de ti e das promessas que te fiz. E que quebro. Sorvo cada bocado daquele cigarro como a droga que é, e que nos mata, um pouquinho mais rápido. E depois enojo-me. Dói-me o estômago, a cabeça e a alma do nojo em que me transformei. Mato-me porque te quero, mato-me porque nos quero matar. E dói-me tirar-te de dentro de mim. Mas não páro. E acendo outro e outro, até que tudo em mim seja nojo e ódio.
Perdoa-me se te roubei a caixa que não tinha o meu nome escrito nela. Achei que poderia, que conseguiria, mas não consegui. Porque essas caixas não se roubam, porque essas caixas não se ficam. Mas eu tentei, porque tinha de tentar. E achei que conseguiria fazer de ti uma pessoa feliz, a pessoa mais feliz. Mas todas as caixas encontram o seu caminho, e hoje, como sempre, me dizem que a minha vem a caminho. Mas não chega, e eu não sei se aguento a espera. Não sei se aguento esperar por ti. Que dizem que sonhas comigo também, e que me imaginas, e me queres e me esperas. E eu espero por ti, e todos os dias desespero, e te perco e te acho em sonhos, sonhos tristes e dolorosos que tenho. E o tempo não passa, e tu não vens e eu deito tudo a perder e não te espero mais. Mas continuo a querer-te com a força que te quis a primeira vez que te sonhei. Mas tu não chegas. E eu desespero por te ver chegar. E desespero por pensar que poderás partir depois de chegares.
Mas voltando a ti, tu que foste aquele que achei que era o tu, mas não era. As promessas, as nossas promessas, foram feitas com aquela certeza de que se pode andar de sandálias pela praia numa noite de verão. Mas hoje, hoje aqui chove.
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