O excesso de tempo tem destas coisas. Hoje, sem nada para fazer, perdi-me nas páginas deste blog. Páginas antigas, já com mais de 2 anos. Já quase tinha esquecido aquela pessoa que fui. Já quase não me lembrava da tristeza, da solidão, da dor de outros dias. Rever pensamentos, sentimentos e crenças. Nota-se bem que já não sou aquela pessoas que era, mas invejo-me a forma de escrever. Talvez porque eram alturas de sentimentos mais fortes, mas revolta, mais tristeza, mais necessidade de ter dias em que tinha mesmo de ser feliz ou morrer. Mas a base é a mesma. A insegurança, as necessidades, a instabilidade.
Hoje dá-me vontade de ir atrás no tempo e dizer-me que posso continuar a acreditar que um dia tudo aquilo vai passar. Que um dia a paz vai voltar, a felicidade, os sonhos, o bem estar. E disser-me que mesmo assim, nada disso dura, nunca, muito tempo. A vida é mesmo assim, altos e baixos. E mesmo quando tudo vai bem, tudo vai mal! As coisas que nessa altura queria e sonhava, hoje tenho. O amor, carinho, mimo, atenção e companhia que tanta falta me fizeram. E agora novas coisas se sonham e faltam. Porque a vida é feita mesmo assim, de um sonho atrás de outro.
Hoje em dia já não venho para aqui com a mesma facilidade, acho que foi uma coisa que me ficou, não partilhar uma intimidade que não é só minha. Mas se calhar faz falta, vir para aqui revoltar-me com o mundo, com os combustiveis que me levam o dinheiro todo que tenho só para poder estar com o meu bocadinho de paz, com a falta de estabilidade financeira que preciso para ter a minha casa, com as minhas coisas, a falta de trabalho que tantas vezes é tão bom e tantas outras nos traz um estupido sentimento de inutilidade e de excesso de tempo.
Tempo para perceber que não me apetece estar mais aqui, tempo para fazer simulações de creditos habitação e creditos automóvel. Ver casas, comparar preços, fazer contas. 1650€ mensais para sair de casa. Quase dá vontade de rir. E adia-se o sonho mais uns meses. A espera que desespera. Que situação mais caricata. Hoje estou triste. É um daqueles dias em que toda essas pedrinhas no sapato enervam. E precisava tanto daquele silêncio, daquele abraço, daquela paz e sossego. Em que tudo parece voltar a fazer sentido, durante aqueles minutos, naquele abraço. E tenho de estar aqui a brincar ao mundo dos crescido sem que ninguém me dê uso. Quando acabar a brincadeira será tarde demais para esse abraço. E quando voltar a haver tempo já não será o tempo suficiente. Caricato? Ou ridículo, já nem sei bem... como é que dizem por aí? "A vida de adulto é mesmo assim"...
Hoje dá-me vontade de ir atrás no tempo e dizer-me que posso continuar a acreditar que um dia tudo aquilo vai passar. Que um dia a paz vai voltar, a felicidade, os sonhos, o bem estar. E disser-me que mesmo assim, nada disso dura, nunca, muito tempo. A vida é mesmo assim, altos e baixos. E mesmo quando tudo vai bem, tudo vai mal! As coisas que nessa altura queria e sonhava, hoje tenho. O amor, carinho, mimo, atenção e companhia que tanta falta me fizeram. E agora novas coisas se sonham e faltam. Porque a vida é feita mesmo assim, de um sonho atrás de outro.
Hoje em dia já não venho para aqui com a mesma facilidade, acho que foi uma coisa que me ficou, não partilhar uma intimidade que não é só minha. Mas se calhar faz falta, vir para aqui revoltar-me com o mundo, com os combustiveis que me levam o dinheiro todo que tenho só para poder estar com o meu bocadinho de paz, com a falta de estabilidade financeira que preciso para ter a minha casa, com as minhas coisas, a falta de trabalho que tantas vezes é tão bom e tantas outras nos traz um estupido sentimento de inutilidade e de excesso de tempo.
Tempo para perceber que não me apetece estar mais aqui, tempo para fazer simulações de creditos habitação e creditos automóvel. Ver casas, comparar preços, fazer contas. 1650€ mensais para sair de casa. Quase dá vontade de rir. E adia-se o sonho mais uns meses. A espera que desespera. Que situação mais caricata. Hoje estou triste. É um daqueles dias em que toda essas pedrinhas no sapato enervam. E precisava tanto daquele silêncio, daquele abraço, daquela paz e sossego. Em que tudo parece voltar a fazer sentido, durante aqueles minutos, naquele abraço. E tenho de estar aqui a brincar ao mundo dos crescido sem que ninguém me dê uso. Quando acabar a brincadeira será tarde demais para esse abraço. E quando voltar a haver tempo já não será o tempo suficiente. Caricato? Ou ridículo, já nem sei bem... como é que dizem por aí? "A vida de adulto é mesmo assim"...
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