Não me lembro de ser pequenina e escrever no meu diário as características do meu príncipe como algumas meninas faziam. Mas inevitavelmente tenho os meus sonhos, os meus desejos e a minha esperança.
Já não se usa o cavalo branco, nem a coragem de guerreiro. Há filmes que falam em saber fazer panquecas e em ter um olho de cada cor. A realidade fala em dinheiro e beleza. A realidade é fútil. A minha realidade quero-a diferente.
E quando, um qualquer dia, distraída, vislumbrei a sombra desse sonho, senti o meu mundo tremer, o estômago dar um nó e imóvel, fiquei à espera que ele não se movesse também. Sustive a respiração, não pestanejei sequer. Recusei-me a qualquer movimento só com o medo de o perder, de fechar os olhos e voltar a abri-los para uma realidade fria e cruel. E assim ficarei, até que um de nós decida quebrar a distância.
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