Girl Talk with MJ

Hoje obrigaram-me, ou, convidaram-me a pensar um bocadinho mais seriamente naquilo que uma gaja como eu procura num gajo. Será que é logo por aqui que a gente percebe porque é que eu estou sozinha? Talvez. E já que era natal, eu pedi, e já que pedi, faz-se um anúncio, pode ser que haja candidatos!
Há pontos realmente importantes nestas conclusões e outros de puro capricho, mas neste momento, a coisa resume-se mais ou menos a isto (vou resumir as minhas respostas ás questões específicas postas por ela):
1) tem de ser uma pessoa que desperte em mim algum desejo, não precisa de ser uma pessoa bonita, é até mais importante que seja uma pessoa com algum charme
2) não tem de ser uma pessoa particularmente simpática, até porque isso implica que tenha uma vida social muito preenchida, vindo daí algumas consequências possíveis, falta de tempo para mim, ciúme e insegurança
3) tem de ser uma pessoa com boas maneiras, sim. E há certas coisas nesse campo que me enervam particularmente. Mas honestamente, eu acho que chega a ser excitante um homem abrir a porta do carro a uma mulher, principalmente se acompanhado com uma daquelas trocas de olhares.
4) bom na cama? Bem, ajudava! Mas isso é uma daquelas coisas que precisa de muita adaptação e treino, por isso, é relativo… desde que haja bom potencial... (mas o preocupante é que, ao que parece, não há pessoas com boas maneiras boas na cama…)
5) claro que todas as mulheres que pensam ter filhos gostavam que estes tivessem um pai carinhoso e divertido e que ajudasse na educação e nas obrigações. Isso não existe. Eu só gostava que os meus filhos nunca duvidassem do amor dos pais.
6) não precisa de ser um mãos largas, não precisa de me dar o mundo (no que toca a questões monetárias). Claro que todas nós gastamos de um perfume ou uma flor numa ocasião especial mas…
7) tem de ser uma pessoa disposta a dar tudo e a receber tudo em troca. Sim, sou uma pessoa que exige muita atenção e mimo mas também adoro mimar as pessoas de quem gosto.
8) tem de ser uma pessoa capaz de compreender e aceitar que sou muito complicada (ei, não somos todos?). Tenho necessidade de solidão, tenho necessidade de silêncio. Tenho de estar com alguém que consiga (e de preferência que também goste) estar em silêncio, em sossego, num sofá. A paz de espírito é uma coisa muito difícil para mim de atingir…
9) gostava de ter ao meu lado alguém com quem não precisasse de falar. Alguém que perceba, só pela minha maneira de respirar ou de estar, que preciso de um abraço ou de um beijo. (sim, eu sei, estamos a entrar no campo do surreal…)
10) gostava de estar com alguém que compreenda que uma relação implica cedências. Implica fazer aquilo que não se gosta pela pessoas de quem se gosta e apreciar a pessoas ainda mais quando ela faz isso por nós.
11) gostava de ter ao meu lado alguém que percebesse que aquela saia foi comprada a pensar nele e que sabe bem saber que ele gosta de nos ver com ela. Alguém que aceite um “não queres trocar de camisola? Ficas irresistível com aquela…” não como uma critica, mas como um elogio. Sim, acho bom gostar de exibir a pessoa com quem se está.
12) tem de ser uma pessoa com uma grande criança lá dentro. Alguém com quem se possa falar uma língua própria, alguém que consiga manter aquela inocência quando é preciso, alguém que se saiba divertir como uma criança a fazer bolas de sabão ou a comer algodão doce.
13) e sim, gosto muito de estar ao lado de um homem mais alto que eu. Para além do aspecto visual da coisa, que fica sempre um bocadinho, enfim… acho que não há nada como ser abraçada por uma pessoa mais alta do que nós. Há qualquer coisa, tudo parece encaixar. De alguma forma, o mundo faz mais sentido ali, naquele ninho.

Digam lá, é pedir muito não é? Eu sei…