Dia 10 de Outubro eu (e mais pessoal aqui na Unicer e de outra empressas) associou-se a uma iniciativa para recuperar algumas áreas de uma associação que alberga adolescentes e mães jovens em dificuldades, a ACISJF - Associação Católica Internacional ao Serviço da Juventude Feminina. Tinhamos como missão remodelar duas salas e um jardim. Uma delas era a sala de convivio (onde estive envolvida) a outra era uma pequena casa (agora amarela) que serviria para as crianças brincarem. No jardim foi instalado um pequeno parque infantil. Não tenho fotos das condições em qu estava quando chegamos mas quando saímos era um local muito mais alegre! Deixo algumas das fotos finais.
29 October 2008
O meu pc de trabalho nunca se lembra de mim no dia seguinte. Assim que eu saio ao fim do dia ele apaga-me da memória e com ele todas as definições. Embora seja uma situação que me enerva na maioria dos dias, hoje apercebo-me que tem o seu lado bom. Porque ele é assim, todos os dias quando chego tenho oportunidade de definir a nossa foto (do post anterior) como foto do desktop e todos os dias tenho oportunidade de me apaixonar por esse teu pezinho com o qual insisto em brincar cada vez que o vejo. Tenho oportunidade de recordar os teus dedos grandes, tão diferentes dos meus, e a forma estranha como insistes em cortar as unhas na diagonal.
Há dias em que te amo assim aos pedacinhos porque amar-te todo parece que não cabe cá dentro...
26 October 2008
24 October 2008
Subscrevo
O modelo político vigente não vê pessoas. Vê números. Considera que são as pessoas que devem servir a Economia e não a Economia que deve servir as pessoas. É ingénuo acreditar que isso não gera vítimas. Em nome da Economia que não serve quase ninguém, vai-se perdendo a vida todos os dias, adiando todos os dias a esperança de ser feliz. O trajecto casa-emprego-casa é cada vez mais uma simples transformação de oxigénio em dióxido de carbono. Respira-se sofregamente com o olhar inerte sempre no dia de amanhã, que talvez seja melhor. É a Economia que nos diz que, em nome de um futuro qualquer que nunca chega, devemos abdicar do presente. Todos os dias, todos os presentes.Na rua procuram-se sorrisos entre as faces desbotadas, enquanto se esquadrinham as ruas contornando ombros ora caídos, ora endurecidos. E não se encontra nem um que não seja esculpido à força pela obrigação. A obrigação de atender um cliente ao balcão duma loja, a obrigação de se mostrar que não se está triste. Mas em nome da Economia tudo vale: um código de trabalho feito com a contribuição do provedor de empresas de trabalho temporário, que despe a dignidade a quem trabalha e quem, todos os dias e todos os presentes só queria conseguir olhar de frente os filhos que tem em casa; e todos os dias e todos os presentes se subsidia uma crise económica gerada por quem nos rouba esses dias e esses presentes. Todos os dias em nome de nada.O crescimento económico não é desenvolvimento económico, e por isso também não é o desenvolvimento de nada, a não ser desta contínua morte lenta que nos cinge silenciosamente. Não é desenvolvimento social, não é desenvolvimento intelectual, não é desenvolvimento emocional, e a merda da compra a crédito dum automóvel com gps não substitui a falta de sabor que não conseguimos ter quando abraçamos quem amamos, ou era suposto amarmos. Já nem sabemos bem. Sabemos só que todos os dias e todos os presentes vamos sobrevivendo amparados ao que está prestes a cair.Nos jornais discute-se pseudo-política por quem nem sequer sabe o que isso é. A questão verdadeira não é onde se constrói a merda dum aeroporto ou se o computador Magalhães já chegou às escolas. A questão de fundo é o modelo político em que vivemos... e esse está errado. Todos os dias e todos os presentes.Bom fim de semana a todos os leitores e leitoras deste blogue, e obrigado por existirem.
Roubado aqui.
Roubado aqui.
16 October 2008
Falta muito para te vires? Estou cansada...
Há alturas na vida em que a gente desconfia que está alguém atrás de nós, a consolar-se, fodendo-nos tão devagarinho que nem sentimos. Pressentimos que algo anda ali, mas quando olhamos já não vemos nada. Fica só aquela sensação, "alguém me anda a foder".
Hoje, o dito gemeu. Que é como quem diz, enganou-se no destinatário do e-mail e houve uma pequena cabecinha que ficou descoberta. Era essa cabecinha que se andava (e vai continuar) a consular. Lá dizem os americanos "and may God give me the power to accept the things I can't change"...
Hoje, o dito gemeu. Que é como quem diz, enganou-se no destinatário do e-mail e houve uma pequena cabecinha que ficou descoberta. Era essa cabecinha que se andava (e vai continuar) a consular. Lá dizem os americanos "and may God give me the power to accept the things I can't change"...
15 October 2008
14 October 2008
Hoje como tinha algum tempo livre depois de jantar e como estou já farta da rotina de ir para a cama ver programas estúpidos de televisão decidi encontrar um livro para ler ou reler enquanto espero que o telefone toque. Peguei num, peguei noutro, abri, li uma passagem. Depois olhei para a secção de livros que ainda não li. Harry Potter. Não. Ensaio sobre a cegueira. Também não. Cem anos de solidão. Peguei, abri, denso. Através da primeira folha reconheço-te a letra. Já não me lembrava que tinha sido uma prenda de anos.
Porto, 17 julho 2004
Depois de tanto pedires, era impossível não te dar este livro. Espero que gostes!!!
Amo-te, José Pedro
As palavras passaram por mim indiferentes. Mas parei uns segundos para lhes reconhecer a frieza, a distância. Pergunto-me se já teríamos morrido ou se estranho apenas por agora ter alguém que me trata com a meiguice que sempre precisei.
[É ao reler isto hoje que dou ainda mais valor ao facto de desta vez pesar as palavras e as estimar. Há palavras que se gastam e com elas gasta-se um bocadinho do sentimento que nelas ia. E o nosso amor quero estima-lo para que dure uma vida!]
Porto, 17 julho 2004
Depois de tanto pedires, era impossível não te dar este livro. Espero que gostes!!!
Amo-te, José Pedro
As palavras passaram por mim indiferentes. Mas parei uns segundos para lhes reconhecer a frieza, a distância. Pergunto-me se já teríamos morrido ou se estranho apenas por agora ter alguém que me trata com a meiguice que sempre precisei.
[É ao reler isto hoje que dou ainda mais valor ao facto de desta vez pesar as palavras e as estimar. Há palavras que se gastam e com elas gasta-se um bocadinho do sentimento que nelas ia. E o nosso amor quero estima-lo para que dure uma vida!]
06 October 2008
Nota mental para o futuro
Quando for grande e for mãe:
- manter com os meus filhos uma relação em que eles não sintam a necessidade de me mentir se um dia eu chegar a casa e estiver uma lata de chantilly no frigorifico ou quando quiserem ir ter com os namorados porque é sexta-feira à noite;
- manter presente as situações horriveis por que passei por causa dos meus pais e dos meus sogros;
- manter presente que há situações em que é preciso estar do lado deles mesmo quando eles não fazem o melhor para eles.
- manter com os meus filhos uma relação em que eles não sintam a necessidade de me mentir se um dia eu chegar a casa e estiver uma lata de chantilly no frigorifico ou quando quiserem ir ter com os namorados porque é sexta-feira à noite;
- manter presente as situações horriveis por que passei por causa dos meus pais e dos meus sogros;
- manter presente que há situações em que é preciso estar do lado deles mesmo quando eles não fazem o melhor para eles.
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