15 September 2011
20 March 2011
É sempre assim com as epifanias. Acordam-nos cedo a um sábado de manhã. Começam a surgiu dentro de nós, de mansinho, como um gato que se vem enroscar na nossa barriga. Quase não damos por ele, com aquelas patinhas fofas e leves. Depois ataca tipo tsunami. Sentimos a terra tremer por momentos e quando o sossego parece instalado de novo, vem uma onda de 10 metros na nossa direcção. E não há absolutamente nada a fazer.
Tenho sentido o meu mundo abalar nos últimos dias. A terra treme à minha volta numa tentativa de fazer colapsar o mundo que criei nos últimos meses. Mas foi só hoje de manhã que acordei com a sensação que vinha por aí algo mais. E veio. Uma onda de angustia e realidade que deitou por terra tudo. Tudo.
Já me conheço. E conheço esta minha maneira de me transformar em algo que não sou quando tudo aquilo que quero não vem. Ou morre.
Não sei como cheguei aqui. Nunca sei. Perco o norte. Perco tudo.
Não é a ti que procuro, nem a ti que quero. Sei-o bem. Procuro ainda o sonho que tu misturaste no teu cheiro, no teu corpo. Confundes-me com sexo. Porque sabe bem. Familiar. Principalmente nas alturas em que te deixas adormecer na minha cama ou segues os passos sozinho para ir à varanda fumar um cigarro. Mas mesmo depois de saires, ficas. Fica, inevitavelmente, o teu cheiro. Fica a tua toalha. Fica a sensação de algo que não és, nem quero que sejas. Mas o teu mimo conforta-me. E relembra-me daquilo que o meu ser anseia. À tanto tempo. E há dias em que me faz acordar assim. Com todas as perguntas de volta à minha cabeça. Porquê? Porque é que eu não consigo ter alguém na minha vida? Porque é que não consigo manter ninguém na minha vida? O que sou eu de errado? Onde foram todos os meus sonhos? Diz-me. Alguém?
Tenho sentido o meu mundo abalar nos últimos dias. A terra treme à minha volta numa tentativa de fazer colapsar o mundo que criei nos últimos meses. Mas foi só hoje de manhã que acordei com a sensação que vinha por aí algo mais. E veio. Uma onda de angustia e realidade que deitou por terra tudo. Tudo.
Já me conheço. E conheço esta minha maneira de me transformar em algo que não sou quando tudo aquilo que quero não vem. Ou morre.
Não sei como cheguei aqui. Nunca sei. Perco o norte. Perco tudo.
Não é a ti que procuro, nem a ti que quero. Sei-o bem. Procuro ainda o sonho que tu misturaste no teu cheiro, no teu corpo. Confundes-me com sexo. Porque sabe bem. Familiar. Principalmente nas alturas em que te deixas adormecer na minha cama ou segues os passos sozinho para ir à varanda fumar um cigarro. Mas mesmo depois de saires, ficas. Fica, inevitavelmente, o teu cheiro. Fica a tua toalha. Fica a sensação de algo que não és, nem quero que sejas. Mas o teu mimo conforta-me. E relembra-me daquilo que o meu ser anseia. À tanto tempo. E há dias em que me faz acordar assim. Com todas as perguntas de volta à minha cabeça. Porquê? Porque é que eu não consigo ter alguém na minha vida? Porque é que não consigo manter ninguém na minha vida? O que sou eu de errado? Onde foram todos os meus sonhos? Diz-me. Alguém?
01 March 2011
A sensação é a mesma que se tem quando se mete a cabeça debaixo de água num banho de imersão. Paira a calma. Ou será apenas o silêncio? Não estou habituada a sentir este sossego na minha alma. Ou será antes apatia? Não me sei. Estou habituada às emoções forte que a minha alma me manda, quase sempre contra a minha vontade. Paixões, raivas, impaciências. Não sei levar a vida assim, nesta calmaria. Nem sei se gosto. Nem sei se deva. Simplesmente, não me sei. Estranho-me. Inquieta-me esta falta de inquietude. Só porque sei que quando tudo voltar, será provavelmente, devastador.
01 February 2011
O meu corpo já não reconhece as horas. Sente-se baralhado e decide despertar. Sente-se estranho sem ti. O banho levou-lhe o cheiro, a saliva e o suor. Sente-se leve e despido. Como a alma que o preenche.
A vida devia ser sempre assim, simples e linear. Carnal. Básica. Sem consequências, sem premeditações. Talvez não faça sentido ser sempre assim, mas hoje, agora, faz. Agora que já nada sei do amor, da entrega e da dedicação. Agora que só reconheço o desejo, a adrenalina e o prazer. A vida vive-se ao segundo, no linha que separa aquilo que sabe bem daquilo que terá consequências.
O corpo pesa-me e doi-me. Da tua boca no meu pescoço, das tuas unhas na minha coxa. Marcas daquilo a que me resumo, nas horas em que tudo o que sei é que me apeteces. E neste momento apeteces-me, uma e outra vez.
A vida devia ser sempre assim, simples e linear. Carnal. Básica. Sem consequências, sem premeditações. Talvez não faça sentido ser sempre assim, mas hoje, agora, faz. Agora que já nada sei do amor, da entrega e da dedicação. Agora que só reconheço o desejo, a adrenalina e o prazer. A vida vive-se ao segundo, no linha que separa aquilo que sabe bem daquilo que terá consequências.
O corpo pesa-me e doi-me. Da tua boca no meu pescoço, das tuas unhas na minha coxa. Marcas daquilo a que me resumo, nas horas em que tudo o que sei é que me apeteces. E neste momento apeteces-me, uma e outra vez.
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