30 August 2007

Há coisas na vida que se tornam demasiado passageiras. Pessoas que conhecemos, momentos que temos. Hoje em dia tudo é discartável, até as relações se tornaram descartáveis. Conhecemos as pessoas, usamos as pessoas para o fim que achamos mais conveniente e uma vez superada essa fase, supera-se a pessoa. Já não se fazem amigos para a vida, já não se podem contar com as pessoas para atender o telemóvel ás 3h da manhã porque precisamos delas, já não se recordam bons tempos à mesa com um copo porque já não há memórias para recordar.
E hoje, estou cansada de não ter um passado com peso com mais gente.

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Passei por uma carta que te escrevi hoje. 2002. Maio, será? Não me lembro e rasguei-a em mil pedaços. Porque tudo que lá estava escrito é uma verdade que morreu. Morreu faz muito tempo. Como é que não conseguimos ver que não tínhamos futuro juntos? Mais uma vez (e essa carta hoje fez-me ver isso tão bem!) fica provado que me agarro a quem precisa de mim, porque adora a sensação de fazer bem a alguém. Mas isso, por si, nunca basta...

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