Há dores fáceis de chorar. Dores fáceis de compreender. Dores fáceis de entender. Quando algo que se conhece morre é fácil partilha-lo. E ao partilha-lo é mais fácil supera-lo. Liberta-lo.
Quando um mundo só nosso morre essa partilha com o exterior parece de alguma forma impossível. Sentimos necessidade de chora-lo como sempre o vivemos, sozinhos. O simples facto de partilhar o seu fim implicaria ter de explicar o seu inicio, o seu caminho, a sua essência. E há coisas que não se explicam, porque não seriam compreendidas.
Ninguém estava lá em todos os momentos que rimos juntos, ninguém estava lá em todos os momentos que choramos juntos, ninguém estava lá em todos os momentos em que lutamos para que o sentimento que nos une chegasse. Ninguém estava lá na noite de 8 de Dezembro. Ninguém nos viu crescer nem evoluir. Ninguém nos conhece, ninguém nos sabe. E hoje, mais ninguém nos chora.
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