Não é pelo dinheiro, nunca foi. Não me lembro ao certo da confusão que me fez da ultima vez que isto aconteceu, nem sei ao certo se tinha maturidade suficiente para compreender. Acho que tinha 15 anos. Até hoje a minha mãe comenta em como me afectou, na altura.
Não é pelo dinheiro, nunca foi. É por vê-lo em casa, contra a sua vontade, preso. Como um cão no fundo de um quintal. Pergunto-me se desta vez ele agirá como aquilo pelo qual o tomam, um cão velho. Pergunto se em vez de tentar sair, mudar, fugir, vai deitar-se, pousar a cabeça no chão frio e ficar à espero que o tempo, simplesmente, passe.
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