28 May 2008

Nem todos os dias é fácil aceitar as coisas que não se podem mudar. Mas hoje é. Há dias em que me faz bem acordar mais cedo. Com mais tempo. E tomar banho, como se não tivesse de ir trabalhar pudesse tirar o dia para me voltar a sentar na relva, como fiz tão poucas vezes, contigo. Engano-me mesmo até ao momento em que saio de casa ou até te enviar os bons dias.

Mas hoje não cedi. Nem quando cheguei á conclusão que tinha de ir trabalhar, nem quando o céu ameaçou mais um dia de chuva, nem quando me apercebi que já só consigo meter 26 L de gasolina com 40 €.

Hoje agarrei-me a ontem e a amanhã. Hoje agarrei-me a ti.Hoje agarrei-me a toda a felicidade que me dás e à forma como completas o meu mundo. Hoje agarrei-me à memória do dia em que depois do trabalho irei para casa, para ti. Para o nosso mundo, na nossa casa.

Hoje agarrei-me ao teu abraço, ao teu beijo e ao teu mimo. Hoje agarrei-me à tua meiguice e ao teu amor. Hoje agarrei-me ao pedaço de mim que és tu e ao pedaço de ti que sou eu...

12 May 2008

Preciso de dias de sol. Preciso de dias longos de fim de semana. Preciso de relva e cheiro a mar. Preciso de trabalho que me ocupe a cabeça. Roubaram-me o tempo em troca de tédio. Interminávis horas de tédio. Por isso não, o problema não é o trabalho, é a falta dele.

O meu corpo revolta-se contra mim, como se eu tivesse o poder de mudar a minha vida ou avançar o tempo uns meses. Não tenho a certeza que o avançaria, mesmo que pudesse. A vida também é feita de tempos mais complicados, ajudam-nos a dar valor ao que temos, no final...